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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Exercícios de História

Seguem abaixo, os exercícios de história de vestibular que o Victor mandou:


QUESTÕES:



01. (MACKENZIE) Do ponto de vista político, podemos considerar o Período Regencial como:
                            
a) uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país;

b) um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política, foram amplamente atendidas;

c) uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840;

d) uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições daselites, classe média e camadas populares;

e) uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao Imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na Regência.

                                
02.
Durante o Período Regencial:

a) A monarquia imperial foi extinta, instaurando-se em seu lugar uma república Federalista.
b) Os regentes governaram de forma absoluta, fazendo uso indiscriminado do Poder Moderador.
c) As facções federalistas criaram a Guarda Nacional, um eficiente instrumento militar de oposição ao Exército regular da Regência.
d) Nenhum regente fez uso do Poder Moderador, o que, de certa maneira, permitiu a prática do Parlamentarismo.
e) As camadas populares defenderam a proclamação de República e a extinção da escravidão.


03.
(UFGO) O Período Regencial apresentou as seguintes características, menos:

a) Durante as Regências surgiram nossos primeiros partidos políticos: o Liberal e o Conservador.

b) O Partido Liberal representava as novas aspirações populares, revolucionárias e republicanas.

c) Foi um período de crise econômica e social que resultou em revoluções como a Cabanagem e a Balaiada.

d) Houve a promulgação do Ato Adicional à Constituição, pelo qual o regente passaria a ser eleito diretamente pelos cidadãos com direito de voto.

e) Formaram-se as lideranças políticas que teriam atuação marcante no II Reinado.


04.
(UNITAU) Sobre o Período Regencial (1831 - 1840), é incorreto afirmar que:

a) foi um período de intensa agitação social, com a Cabanagem no Rio Grande do Sul e a guerra dos Farrapos no Rio de Janeiro;
b) passou por três etapas: regência trina provisória, regência trina e regência una;
c) foi criada a Guarda Nacional, formada por tropas controladas pelos grandes fazendeiros;
d) através do Ato Adicional as províncias ganharam mais autonomia;
e) cai a participação do açúcar entre os produtos exportados pelo Brasil e cresce a participação do café.


05.
(UFS) " ... desligado o povo rio-grandense da comunhão brasileira, reassume todos os direitos da primitiva liberdade; usa destes direitos imprescritíveis constituindo-se República Independente; toma na extensa escala dos Estados Soberanos o lugar que lhe compete ..."

Na evolução histórica brasileira, pode-se associar as idéias do texto à:

a) Sabinada
b) Balaiada
c) Farroupilha
d) Guerra dos Emboabas
e) Confederação do Equador


06.
"Em 1835, o temor da "haitianização" que já era comum entre muitos políticos do Primeiro Reinado, cresceu ainda mais depois da veiculação da estarrecedora notícia: milhares de escravos se amotinaram a ameaçavam tomar a capital da província."

O texto acima trata da:

a) Balaiada ocorrida no Maranhão;
b) Revolta dos Quebra-Quilos, verificada em Alagoas;
c) Abrilada, detonada no Rio de Janeiro;
d) Revolta dos Malês, ocorrida na Bahia;
e) Revolta do "Maneta", destravada em Pernambuco.



07.
(MACKENZIE) Marque a alternativa que completa corretamente o texto seguinte:

"As causas da ___________ eram anunciadas por Bento Gonçalves no manifesto de 29 de agosto de 1838, denunciando as altas tarifas sobre os produtos regionais: ouro, sebo, charque e graxa, política esta responsável pela separação da província de São Pedro do Rio Grande do Sul da Comunidade Brasileira."

a) Cabanagem
b) Balaiada
c) Farroupilha
d) Sabinada
e) Confederação do Equador


08.
(UCSAL) Durante as primeiras décadas do Império, a Bahia passou grande agitação política e social. Ocorreram várias revoltas contra a permanência de portugueses que haviam lutado contra os baianos na Guerra da Independência. Entre as revoltas a que o texto se refere pode-se destacar, a:

a) Farroupilha
b) Praieira
c) Balaiada
d) Cabanagem
e) Sabinada


09.
(FUVEST) A Sabinada que agitou a Bahia entre novembro de 1837 e março de 1838:

a) tinha objetivos separatistas, no que diferia frontalmente das outras rebeliões do período;

b) foi uma rebelião contra o poder instituído no Rio de Janeiro que contou com a participação popular;

c) assemelhou-se à Guerra dos Farrapos, tanto pela posição anti-escravista quanto pela violência e duração da luta;

d) aproximou-se, em suas proposições políticas, das demais rebeliões do período pela defesa do regime monárquico;

e) pode ser vista como uma continuidade da Rebelião dos Alfaiates, pois os dois movimentos tinham os
mesmos objetivos.


10.
(UMC) O Golpe da Maioridade, datado de julho de 1840 e que elevou D. Pedro II a imperador do Brasil, foi justificado como sendo:

a) uma estratégia para manter a unidade nacional, abalada pelas sucessivas rebeliões provinciais;
b) o único caminho para que o país alcançasse novo patamar de desenvolvimento econômico e social;
c) a melhor saída para impedir que o Partido Liberal dominasse a política nacional;
d) a forma mais viável para o governo aceitar a proclamação da República e a abolição da escravidão;
e) uma estratégia para impedir a instalação de um governo ditatorial e simpatizante do socialismo utópico.
 


11) (FUVEST) - Sobre a Guarda Nacional, é correto afirmar que ela foi criada:

a) pelo imperador, D. Pedro II, e era por ele diretamente comandada, razão pela qual tornou-se a principal força durante a guerra do Paraguai

b) para atuar unicamente no Sul, a fim de assegurar a dominação do Império na Província da Cisplatina;

c) segundo o modelo da Guarda Nacional Francesa, o que fez dela o braço armado de diversas rebeliões no período regencial e início do 2º Reinado;

d) para substituir o exército extinto durante a menoridade, o qual era composto, em sua maioria por portugueses e ameaçava restaurar os laços coloniais;

e) no período regencial como instrumento dos setores conservadores destinado a manter e restabelecer a ordem e a tranqüilidade públicas.




12) (UFOP-MG) - O Ato Adicional à Constituição brasileira de 1824, aprovado em 12 de agosto de 1834, suprimiu:

a) as assembléias provinciais

b) o Senado vitalício

c) o Conselho de Estado

d) o município neutro

e) o poder Moderador



13)(UMC) - O golpe da maioridade, datado de julho de 1840 e que elevou D. Pedro II a imperador do Brasil, foi justificado como sendo:

a) uma estratégia para manter a unidade nacional, abalada pelas sucessivas rebeliões provinciais

b) o único caminho para que o país alcançasse novo patamar de desenvolvimento econômico e social

c) a melhor saída para impedir que o partido Liberal dominasse a política nacional

d) a forma mais viável para o governo aceitar a proclamação da República e a abolição da escravatura

e) uma estratégia para impedir a instalação de um governo ditatorial e simpatizante do socialismo utópico







14) “Mais importante, o país é abalado por choques de extrema gravidade; não mais os motins... mas verdadeiros movimentos revolucionários, com intensa participação popular, põem em jogo a ordem interna e ameaçam a unidade nacional. Em nenhum outro momento há tantos episódios, em vários pontos do país, contando com a presença da massa no que ela tem de mais humilde, desfavorecido. Daí as notáveis conflagrações verificadas no Pará, no Maranhão, em Pernambuco, na Bahia, no Rio Grande do Sul." (Francisco Iglésias, "BRASIL, SOCIEDADE DEMOCRÁTICA".) Este texto refere-se ao período:

a) da Guerra da Independência.

b) da Revolução de 1930.

c) agitado da Regência.

d) das Revoltas Tenentistas.

e) da Proclamação da República.





15)Iniciado por holandeses e ingleses, o povoamento consolida-se com os portugueses. Em 1835, é palco do movimento popular da Cabanagem. A economia fica estagnada até o fim do século XIX. O crescimento é retomado com o ciclo da borracha e continua com a produção de madeira e castanha.

a) Paraíba

b) Paraná

c) Mato Grosso do Sul

d) Pará

e) Minas Gerais







16)"Em 1627, jesuítas espanhóis criam missões na margem oriental do rio Uruguai, mas são expulsos pelos portugueses, que, em 1680, criam a colônia de Sacramento, às margens do rio da Prata. Em 1687, os jesuítas instalam novos povoados, os Sete Povos das Missões Orientais. A partir de 1824, a chegada de imigrantes alemães e italianos dá uma feição especial ao desenvolvimento da região. No século XIX, vive diversas rebeliões, como a Guerra dos Farrapos, que dura dez anos."

a) Piauí

b) Pernambuco

c) Rio Grande do Sul

d) Rio de Janeiro

e) Rondônia





17)A Guarda Nacional foi organizada por:

a) José Bonifácio para consolidar a Independência

b) Feijó para garantia e ordem interna durante a Regência

c) Caxias como apoio à ação centralizadora no II Império

d) Floriano Peixoto para obstar as tendências descentralizadoras

e) Rui Barbosa, quando candidato à Presidência da República







18)"... explodiu na província do Grão-Pará o movimento armado mais popular do Brasil (... ). Foi uma das rebeliões brasileiras em que as camadas inferiores ocuparam o poder..." Ao texto pode-se associar

a) a Regência e a Cabanagem.

b) o I Reinado e a Praieira.

c) o II Reinado e a Farroupilha.

d) o Período Joanino e a Sabinada.

e) a Abdicação e a Noite das Garrafadas.







19)A abdicação de D. Pedro I traduziu-se na vitória das tendências liberais sobre as forças absolutistas representadas pelo Imperador, completando também o processo de emancipação política do Brasil em relação a metrópole portuguesa. O período regencial, que segue à abdicação do Imperador, preparou o caminho para a consolidação do Império. Sobre esse processo é correto afirmar que:

(01) A iniciativa mais importante do início do período regencial foi desencadear vigoroso processo de industrialização.

(02) Foi consolidada a unidade política e territorial do Brasil, apesar dos movimentos provinciais de autonomia.

(04) O latifúndio e a escravidão permaneceram como bases da sociedade brasileira naquele período.

(08) A abdicação de D. Pedro I foi possível porque havia sido instalado formalmente o regime de parlamentarismo.

(16) Pelo Ato Adicional de 1834, foram criadas as Assembléias Legislativas nas diversas províncias.

 soma = ( )





20)Os governos regenciais no Brasil (1831-1840) se caracterizaram por

a) buscar a afirmação do poder político central para satisfazer os exaltados.

b) fortalecer o poder político do Imperador, ao promover o Golpe da Maioridade.

c) promover a descentralização, o que gerou diversas revoltas regionais.

d) satisfazer o desejo dos moderados, que buscavam a restauração da monarquia.







21)A descentralização política do Brasil, no período regencial, resultou em:

a) deslocamento das atividades econômicas para a região centro-sul, através de medidas de favorecimento tributário.

b) ampla autonomia das províncias, de acordo com um modelo que veio a ser adotado, mais tarde, pela Constituição de 1891.

c) revoluções e movimentos sediciosos, que exigiam um modelo centralizador, em benefício das várias regiões do país.

d) revoluções e movimentos sediciosos, exigindo que o futuro D. Pedro II assumisse o trono para reduzir a influência do chamado "partido português".

e) autonomia relativa das províncias, favorecendo o poder das elites regionais mais significativas.







22)"O quadro político é evidentemente alterado com a nova ordem: quem fazia oposição ao governo se divide em dois grandes grupos - o dos moderados, que estão no poder; os exaltados, que sustentam teses radicais, entre elas a do federalismo, com concessões maiores às Províncias. Outros, deputados, senadores, Conselheiros de Estado, jornalistas..., permanecem numa atitude de reserva, de expectativa crítica. Deles, aos poucos surgem os restauradores ou caramurus..." (Francisco lglésias, BRASIL SOCIEDADE DEMOCRÁTICA.) O texto refere-se à nova ordem decorrente

a) da elaboração da Constituição de 1824.

b) do golpe da maioridade.

c) da renúncia de Feijó.

d) da abdicação de D. Pedro I.

e) das revoluções liberais de 1842.





23)"...valorizava-se novamente o município, que fora esquecido e manietado durante quase dois séculos. Resultava a nova lei na entrega aos senhores rurais de um poderoso instrumento de impunidade criminal, a cuja sombra renascem os bandos armados restaurando o caudilhismo territorial (...). O conhecimento de todos os crimes, mesmo os de responsabilidade (...), pertencia à exclusiva competência do Juiz de Paz. Este saía da eleição popular, competindo-lhe ainda todas as funções policiais e judiciárias: expedições de mandatos de busca e seqüestro, concessão de fianças, prisão de pessoas, ..." Em relação ao período regencial brasileiro, o texto refere-se

a) ao Ato Adicional.

b) à Lei de Interpretação.

c) ao Código de Processo Criminal.

d) à criação da Guarda Nacional.

e) à instituição do Conselhos de Províncias.





24)O imperador D. Pedro I abdicou em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, em 7 de abril de 1831. Devido à menoridade do príncipe, seguiu-se o chamado período Regencial (1831-1840). Sobre este período, é correto afirmar:

(01) D. Pedro I renunciou porque não atendia mais aos interesses brasileiros, após envolver-se em fatos como a dissolução da Constituinte, a repressão violenta à Confederação do Equador e a sucessão portuguesa.

(02) De seu início até 1837, a Regência pode ser considerada uma experiência autoritária e unificadora que restringiu, ainda mais, a autonomia das províncias.

(04) O período que se iniciou com a abdicação foi um dos mais agitados do Império Brasileiro, com a eclosão de inúmeras revoltas, como a Cabanagem, no Pará, a Farroupilha, no Rio Grande do Sul, a Sabinada, na Bahia, e a Balaiada, no Maranhão.

(08) A Guarda Nacional, criada pelo padre Diogo Antônio Feijó, em 1831, reforçou o poder dos latifundiários, tornando-os representantes locais dos interesses do governo central.

(16) A Constituição Imperial, outorgada em 1824, foi reformulada em parte pelo Ato Adicional de 1834 que, entre outras medidas, criou as Assembléias Legislativas provinciais e transformou a Regência Trina em Regência Una e eletiva.

 Soma ( )







25)A instabilidade política foi a marca mais significativa do período regencial na história do império brasileiro, quando estava em disputa a definição do modelo político do país, como sugere o(a):

a) projeto liberal da regência eletiva e da maior autonomia das Províncias assegurada pelo Ato Adicional.

b) rebelião nas províncias do norte, como a Cabanagem e a Balaiada, reflexo do apoio das oligarquias locais à política conservadora das Regências.

c) força do movimento restaurador, já que a monarquia era vista pelos liberais como a garantia da continuidade das estruturas econômicas como a escravidão.

d) estratégia da elite em mobilizar as camadas populares para pressionar por reformas sociais prometidas desde a Independência.

e) preponderância da burocracia do Conselho de Estado no comando do governo.







resposta:[A]

pergunta:Discuta, exemplificando, as dificuldades enfrentadas pela monarquia, nas décadas de 1830 e 1840, para a manutenção da unidade territorial brasileira.







resposta:

pergunta:O Ato Adicional de 1834 foi de importância significativa para o Brasil porque

a) restaurou a paz no Império, tendo em vista o término das rebeliões no Nordeste do País.

b) possibilitou a tomada do poder pelos conservadores que formavam a aristocracia rural.

c) antecipou a maioridade de D. Pedro I, evitando, assim, um golpe de Estado dos conservadores.

d) ampliou a autonomia das províncias, neutralizando a tendência centralizadora do Primeiro Reinado.

e) limitou os poderes excessivos das Câmaras Municipais, que poderiam dividir a Nação.



26)Por ocasião da renúncia de D. Pedro I, 1831, conforme o estabelecido na Constituição de 1824, organizaram-se Governos Regenciais. O período de transição regencial caracterizou-se

a) pelo ato Adicional de 1834, que aboliu o voto censitário.

b) pelo banimento da Família Imperial e rebeliões.

c) pela instabilidade política e agitações sociais.

d) pelo superávit crescente na balança comercial.

e) pela desativação da poderosa Guarda Nacional.







27)Sobre as insurreições ocorridas durante o Período Regencial e o II Reinado, relacione o movimento social à esquerda com sua característica à direita.



(1) Praieira

(2) Balaiada

(3) Sabinada

(4) Farroupilha

(5) Cabanagem



( ) Rebelião iniciada em 1835 na província do Grão-Pará, que levou as camadas populares ao poder.

( ) Revolta ocorrida na Bahia em 1837, com predominância das camadas médias urbanas de Salvador.

( ) Revolta de sertanejos (vaqueiros e camponeses) e negros escravos, que abalou o Maranhão de 1838 e 1841.

 ( ) A mais longa revolta da história do Império brasileiro, ocorrida no Rio Grande do Sul, de 1835 a 1845.

O preenchimento dos parênteses está sequenciadamente correto em:

a) 1, 3, 4, 2

b) 2, 1, 4, 5

c) 5, 3, 2, 4

d) 3, 4, 1, 2

e) 1, 2, 3, 4



Gabarito:

1-D                  

2-D

3-B

4-A

5-C

6-D

7-C

8-E

9-B

10-A

11-E

12-C

13-A

14-C

15-D

16-C

17-B

18-A

19-20

20-C

21-E

22-D

23-C

24-29

25-A

26-C

27-C  


domingo, 26 de fevereiro de 2012

Olá Pessoal,

À partir de agora, cada monitor vai colocar assuntos e exercícios de suas respectivas matérias no blog. Fiquem atentos!
O resumo de história já está disponível.

Bons estudos!

Primeira matéria de história 2012

PERÍODO REGENCIAL (1831-1840)

Com a abdicação de D. Pedro I em 7/4/1831 iniciou-se o período chamado período regencial uma vez que o herdeiro do trono Pedro de Alcântara (D. Pedro II), era menor de idade e a constituição de 1824 dizia  no caso do herdeiro do trono ser menor de idade o Brasil deveria ser governado por três regentes, escolhidos por meio de voto censitário e com mandatos de 4 anos até a maioridade do imperador. Mas, no dia 7 de abril, os parlamentares estavam de férias. Por isso, os deputados e sena­dores que se encontravam no Rio de Janeiro ele­geram uma regência provisória.

REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA (1831)

A Regência Trina Provisória, eleita em abril, ficou no poder até julho, e era composta pelos Senadores: Nicolau de Campos Vergueiro, José Joaquim Carneiro Campos  e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva .
Neste período foi formada a nova divisão partidária, que era composta por:               Os moderados ou chimangos, integrados pelos membros do “partido brasileiro”; os moderados eram favoráveis à centralização do poder e defendiam os interesses da elite.                                                                                                                               Os restauradores ou caramurus, constituí­dos, em sua maioria, pelos antigos integrantes do "partido português", mas agora reforçado com a adesão de membros do "partido brasileiros”, os restauradores eram assim chamados por serem partidários do retorno de D. Pedro I ao trono;                                                                                   Os exaltados, farroupilhas ou jurujubas, como serão conhecidos os que denominamos liberais radicais durante o Primeiro Reinado; além do federalismo e do fim da vitaliciedade do Senado, defendiam a democratização da sociedade e a república .
Atuando por poucos meses a Regência trina provisória deu condições para que um novo governo fosse escolhido e em 17\06\1831 a assembléia promoveu a escolha da Regência trina permanente.

REGÊNCIA TRINA PERMANENTE

A Regência Trina Permanente foi eleita em julho de 1831, pela Assembléia Geral. Seus integrantes foram: deputado José da Costa Carvalho (moderado), João Bráulio Muniz (restaurador) e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva, que já era integrante da Regência Trina Provisória.Exaltados não integravam o governo pois não eram favoráveis ao governo regencial.
Dentre as medidas tomadas neste período, padre Diogo Antonio Feijó foi nomeado ministro da justiça e criou a chamada Guarda Nacional  uma espécie de milícia subordinada ao ministério da justiça e mantida pelos latifundiários (os quais ganhavam título de coronel) com função de proteger a elite e combater motins revolucionários.                                                                                                                         Em 29 de novembro de 1832 foi aprovado o Código de Processo Criminal, que deu a mais ampla autonomia judiciária aos municípios e unificou as penas criminais em todo o país.  Através desse novo código, o poder municipal concentrou-se nas mãos dos juízes de paz, eleitos pela população local, que, além dos poderes judiciários, tinha ainda o poder de polícia. Mas esses juízes foram facilmente controlados ou neutralizados pelos grandes proprietários locais, que detinham os poderes de fato.
Devido a manobras políticas(principalmente de Feijó que queria se tornar regente único),exigências de grupos liberais e crises políticas internas, mudanças constitucionais foram feitas.Por isso em 12 de agosto de 1834 foi votado o Ato Adicional, uma emenda que mudava a constituição nos seguintes aspectos:
Os Conselhos de Províncias, que tinham caráter apenas consultivo, cederam lugar às Assembléias Legislativas, com amplos poderes, podendo legislar sobre matéria civil e militar,política e econômica os municípios; o Conselho de Estado, principal órgão de assessoria do imperador, foi abolido; a Regência Trina foi transformada em Una, e eleita pelo voto direto; a cidade do Rio de Janeiro tornou-se um município neutro, separado da Província Fluminense, que tinha como capital a cidade de Niterói; e o poder moderador foi extinto.
Ocorreu com essas medidas e com a morte de D. Pedro I a extinção dos antigos partidos e uma nova divisão partidária entre progressistas (liberais, defendiam a autonomia política para as elites regionais ) e regressistas (conservadores, defendiam a concentração política no regente).
Tais ações deram aberturas as eleições para a regência una. Os candidatos mais fortes que concorreram ao cargo de regente único foram: Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti e padre Diogo Antônio Feijó, sendo que o vencedor foi Feijó, por uma pequena diferença de votos. Feijó representou a vitória dos progressistas. Mas, nas eleições legislativas do ano seguinte, venceram os regressistas.

REGÊNCIA UNA DE PADRE FEIJÓ (1835-1837)

Sem o apoio do parlamento (pois a maioria dos deputados e senadores eram regressistas) Feijó não conseguiu controlar a crise econômica (oriunda do governo imperial) nem reprimir as revoltas que se alastravam (Malês, Cabanagem, e Farroupilha). Isso, aliado à problemas de saúde fez com que em 19 de setembro de 1837 padre Feijó renunciasse ao cargo.
A regência foi assumida interinamente por Araújo Lima, um ministro de Feijó.

O período de 1831 à 1835 é chamado Avanço Liberal, ou seja, período de maior autonomia política para as elites regionais.Já o período de 1837 à 1853 é chamado regresso conservador, ou seja, período de maior centralização política.

REGÊNCIA UNA DE ARAÚJO LIMA (1837-1840)

Araújo lima governou o Brasil interinamente até 1838 e nas eleições deste ano foi eleito novamente.
Araújo era regressista e com o apoio do parlamento pôs em pratica seus ideais de centralização política. Para isso criou em 1838 criou a lei interpretativa  do Ato Adicional que transferia para o regente o controle político, jurídico e policial das províncias.Em seguida Araújo reformou o Código de Processo Criminal sendo agora os juízes nomeados pelo regente e  reduzindo seus poderes.
Tais medidas eclodem mais duas revoltas, estas de caráter liberal e\ou republicano: a Balaiada e a Sabinada. Além disso, tais medidas representaram um retrocesso para os liberais, que, sem saída, articulam o Golpe da Maioridade.
Os conflitos e tensões aumentaram a instabilidade política, levando a elite agrária a preferir o retorno da monarquia, a centralização do poder. Os liberais, por sua vez, criaram o Clube da Maioridade, e lançaram uma campanha popular pró-maioridade de Dom Pedro. Com a opinião pública a favor, a constituição é transgredida em 1840, pois D. Pedro é declarado maior de idade, aos 15 anos. Os objetivos, tanto dos Progressistas quanto dos Regressistas, eram de governar por meio da manipulação do jovem D. Pedro II, assim intitulado quando assume o governo, em julho de 1840.










REVOLTAS REGENCIAIS

REVOLTA DOS MALÊS (BA 1835)
Malê: negro islâmico que lia e escrevia em árabe.
A Revolta dos Malês foi um movimento que ocorreu na cidade de Salvador (província da Bahia). Os principais personagens desta revolta foram os negros islâmicos que exerciam atividades livres, conhecidos como negros de ganho (alfaiates, pequenos comerciantes, artesãos e carpinteiros). Apesar de livres, sofriam muita discriminação por serem negros e seguidores do islamismo. Em função destas condições, encontravam muitas dificuldades para ascender socialmente. Os revoltosos estavam muito insatisfeitos com a escravidão africana, a imposição do catolicismo e com a preconceito contra os negros. Portanto, tinham como objetivo principal à libertação dos escravos(influenciados pela independência do Haiti). Queriam também acabar com o regime do padroado, o confisco dos bens dos brancos e mulatos e a implantação de uma república islâmica.
A revolta estava sendo bem preparada ,tinham conseguido armas e até redigido planos em árabe. Porém a rebelião armada foi delatada, o que facilitou a repressão violenta feita pela guarda nacional com o apoio de regressistas.

REVOLTA FARROUPILHA OU GUERRA DOS FARRAPOS (RS-SC 1835-1845)

O charque, além de ser o principal alimento dos escravos e dos pobres, também era o principal produto da economia gaúcha.                                                                                      Os comerciantes do sudeste (dominados pelos latifundiários do centro e norte) compravam charque mais barato do Uruguai e da Argentina. Os uruguaios e argentinos vendiam barato, porque a mercadoria era produzida com mão-de-obra livre.                                                                 
A concorrência não agradava os fazendeiros gaúchos que pagavam maiores impostos do que os estrangeiros.                                                                                                                               Por causa dos impostos, a classe dominante do Rio Grande do Sul apoiava os ideais dos federalistas (chamados de farroupilhas) que queriam diminuir o poder do centro e aumentar a autonomia provincial.     
Um grande proprietário chamado Bento Gonçalves, assumiu o comando do exército farroupilha (formado por fazendeiros e peões principalmente) e pouco tempo depois ocuparam Porto Alegre iniciando a guerra. Reivindicando impostos mais baixos, tarifas alfandegárias sobre charque estrangeiro e lutando contra o roubo do gado na fronteira os farroupilhas proclamaram a República Rio-Grandense em Piratini (1836) e a República Catarinense (ou Juliana) em Santa Catarina (1839).
Após dez anos de luta foi feito um acordo de paz pelo qual o governo concedeu anistia aos revoltosos, baixou os impostos e incorporou os líderes farroupilhas ao exercito brasileiro dando-lhes altas patentes e a revolta acabou.

SABINADA (BA 1837-1838)

Revolta de caráter urbano e elitista liderada por Dr. Francisco Sabino, os revoltosos eram liberais exaltados que eram contra o governo regencial e queriam proclamar a republica baianense até a maioridade do imperador.
 Após proclamada a republica em novembro de 1837  o movimento não empolgou a população, mas sim opôs negros e brancos mestiços.Contudo, os revoltosos foram derrotados em salvador pelas tropas do governo central em  março de 1838.

BALAIADA (MA 1838-1841)
Revolta dos liberais maranhenses conhecidos como bem-te-vis com o apoio de camadas populares como escravos e fabricantes de balaios que lutavam contra os abusos da oligarquia local, o governo conservador e a lei dos prefeitos que dava ao presidente da província o direito de nomear os prefeitos.
Os líderes do movimento eram o ex-escravo Cosme Bento das Chagas e o fabricante de balaios Manuel Francisco dos Anjos Ferreira .Os revoltosos tomaram a Vila de Caxias mais depois de dois anos de luta, as tropas do governo comandadas por Luís Alves de Lima e Silva (que por isso se tornou o Duque de Caxias) renderam Manuel Francisco e recuperaram a vila.
A revolta encerrou-se em 1841. Cosme Bento foi condenado a forca e executado em 1842.

CABANAGEM (PA 1835-1840)

Em 1832 uma revolta liderada por padre Batista de Campos expressava a insatisfação da população com a miséria, a escravidão, a exploração e lutando pela independência da província do Grão-Pará. Em 1833 o presidente da província começou ema violenta repressão contra os revolucionários, o que fez com que a revolta ganhasse caráter popular  e apoio dos cabanos (índios e mestiços que viviam em cabanas).Liderados pelos irmãos Vinagre e Eduardo Angelim os revoltosos ocuparam Belém, prenderam e executaram o  presidente da província e passaram a exercer o governo local. Porem começaram a surgir problemas internos no governo cabano, pois eles colocaram na presidência da província Félix Malcher. Fazendeiro, Malcher fez acordos com o governo regencial, traindo o movimento.
Revoltados, os cabanos mataram Malcher e colocaram no lugar o lavrador Francisco Pedro Vinagre (sucedido por Eduardo Angelim).
Contudo a desorganização interna e a violenta repressão, após cinco anos de sangrentos combates, o governo regencial conseguiu reprimir a revolta. Em 1840, muitos cabanos tinham sido presos ou mortos em combates.

Por: Victor de Castro

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Volta às aulas

Pessoal! As aulas começaram de novo, em breve vou estar postando conteúdos interessantes relacionados às matérias.

Até em breve!