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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Matéria da prova final de português

A COMPOSIÇÃO DOS ENUNCIADOS OU TEORIA DA ENUNCIAÇÃO


Enunciado: texto verbal ou fragmento de um texto (oral e escrito) reconhecido como unidade de sentido.

Enunciador: aquele que emite um enunciado, ou seja, o locutor ou emissor. (primeira pessoa)

Enunciatário: aquele que recebe a mensagem do enunciador pode ser chamado também de alocutário ou destinatário. (segunda pessoa)

Referente: de que se fala, ou do que se fala (assunto), é a terceira pessoa.

Os enunciados variam de acordo com o assunto, os objetivos dos enunciadores, o momento, e o lugar em que esses enunciadores estão...

Embora possam ser estruturalmente idênticos uns aos outros, os enunciados tem funções diferentes,pois são produzidos em situações diferentes. Ainda que o mesmo enunciador repita o mesmo enunciado para o mesmo enunciatário, o momento em que o evento aconteceu já teria sido outro. Assim o enunciado já não é mais o mesmo, embora ele possa até exercer a função de reforço ao primeiro que foi produzido. Mesmo se aas palavras forem as mesmas, o sentido talvez possa mudar, para a pessoas que escreveu.

Enunciação: é o conjunto de elementos, que contribuem para a identidade de um enunciado, ela envolve o momento e o local em que se deu a interação, os enunciadores, a situação enunciativa, as intenções do enunciador e do enunciatário, entre outros aspectos. A enunciação é um ato de construção de sentido, eminentemente social, e que envolve escolhas que não são aleatórias.

PRESSUPOSTO: supor previamente, baseado em algo (Até Mariazinha foi bem na prova!)

SUBENTENDIDO: Não tem marca lingüística, e não foi baseado em nada (A janela está aberta, que frio!).

Frase: meio de expressão que constitui uma unidade da fala e que transmite uma idéia, resultado de um pensamento ou de uma emoção, sendo que estas características apresentem um sentido.

Tipo de Frases:

Interrogativa: São usadas para se obter alguma informação de modo direto ou indireto. Podem também expressar dúvida, sem, necessariamente, haver desejo de obtenção de alguma informação.

Declarativa: Por meio delas, informa-se ou declara-se alguma coisa, afirmativa ou negativamente.

Optativa: É empregada para se exprimir um desejo, uma vontade do interlocutor.

Imperativa: São empregadas para aconselhar, ordenar ou pedir algo. Podem ser afirmativas ou negativas e motivadas pelo desejo do locutor agir sobre o comportamento do ouvinte / leitor.

Exclamativa: É um modo de o enunciatário expressar uma emoção, um sentimento.




ANÁLISE SINTÁTICA




Análise: É a decomposição de um todo em seus elementos componentes.

Análise sintática: processo em que os componentes dos enunciados, são decompostos em partes para que sua estrutura seja examinada.

Oração ou oracional: frase com verbo, com um verbo, é chamada de PERÍODO SIMPLES, com mais de um verbo é PERÍODO COMPOSTO.

Frase nominal: frase sem verbo

situações em que encontramos dois verbos juntos. Se estes verbos estiverem representando uma única ação verbal, então estamos lidando com uma LOCUÇÃO VERBAL. Ou seja, podemos substituir, dois verbos, por um.(vai estar = estará)

Período: uma ou mais orações (conjuntos de orações)

A frase é um enunciado lingüístico.

Período simples: como já foi dito, é formado de uma oração, a qual se diz também absoluta.




Portanto período simples é uma frase com apenas um verbo e período composto é uma frase com mais de um verbo.


Termos essenciais da oração



Análise sintática: divisão de um período em orações que o compõem e na divisão das orações em termos chamados essenciais, integrantes e acessórios.

Frase absoluta: frase organizada em torno de um verbo ou locução verbal.

O tipo mais comum de oração é formado de sujeito e predicado, porém nem todas as frases constituem orações.

Veja um exemplo de temos essencias, integrantes e acessórios:



"Aquele rato roubou um biscoito"





a) há dois termos essenciais:

- aquele rato

- roubou um biscoito



b) há um termo integrante:

- um biscoito



c) termos acessórios

- aquele

- um



Vamos ver como chegamos a essas conclusões:



a) os termos essenciais, são sempre o sujeito e o predicado.



b ) os temos integrantes compreendem o complemento verbal (objeto direto e objeto indireto), o complemento nominal e o agente da passiva.

Veja o que significa cada um dos termos destacados:





Complemento verbal:



O verbo, quanto à predicação, pode ser classificado em:

- Transitivo: É o verbo considerado de sentido incompleto, que exige complemento que lhe integre o sentido. Esse pode ou não vir revelado na oração.

- Transitivo direto: é aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição obrigatória (objeto direto ou objeto direto preposicionado).

O aluno comprou          os livros que havíamos solicitado

(transitivo direto)            (objeto direto)



O exemplo traz um verbo transitivo direto, pois o verbo comprar exige complemento para inteirar seu sentido. Quando se compra, compra-se obrigatoriamente algo.

O complemento do verbo é chamado de ‘objeto’, quando esse objeto é ligado ao verbo sem intervenção de uma preposição é chamado de ‘objeto direto’, assim o verbo torna-se ‘verbo transitivo direto’.
Há também o ‘objeto direto preposicionado’, esse é ligado ao verbo por uma preposição não obrigatória.
Veja:

Ex: A bruxa bebeu de sua poção mágica.
transitivo complemento com preposição
direto não obrigatória

- Transitivo indireto: esse vem acompanhado de um objeto com preposição obrigatória (objeto indireto).

Ex: Os filhos devem obedecer aos pais.
transitivo indireto objeto indireto (preposição obrigatória)
O exemplo traz um verbo que requer complemento para integrar seu sentido, pois quem ‘obedece’, obedece, necessariamente, a alguém ou algo. Esse complemento ligado ao verbo com a intervenção de uma preposição é chamado de ‘objeto indireto’.

- Transitivo direto e indireto: aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição (objeto direto) e de um objeto com preposição (objeto indireto).

Ex: O jornal dedicou uma página ao episódio.
verbo transitivo objeto direto objeto indireto
direto e indireto


- Intransitivo: É o verbo considerado de sentido completo, que não exige complemento que lhe integre o sentido.

Ex: A criança dorme.

- Verbo de ligação: É aquele que serve para estabelecer certo tipo de relação entre um atributo do sujeito e o sujeito, sempre com significado de estado ou mudança de estado.

Ex: O bebê é calmo.
sujeito verbo de ligação atributo do sujeito
estado permanente


O bebê está calmo.
sujeito verbo de ligação atributo do sujeito
estado transitório


O bebê ficou calmo.
sujeito verbo de ligação atributo do sujeito
mudança de estado

Lembrando que as preposições são: a, ante, após, até, com contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.





Complemento nominal:



é o termo da oração que é ligado a um nome por meio de uma preposição, completando o sentido desse nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).


Obj. direto complemento nominal Ex.: Faça uma rápida leitura do texto.

núcleo do adjunto adverbial de lugar Ele mora perto de um grande hotel.
Complemento nominal do advérbio perto.



Agente da passiva:

É o termo da oração que complementa o sentido de um verbo na voz passiva, indicando-lhe o ser que praticou a ação verbal.

Toda a vizinhança foi acordada pelo barulho. [oração na voz passiva]

...[toda a vizinhança: sujeito]

...[foi: verbo auxiliar / acordada: verbo principal no particípio]

...[pelo barulho: ser que praticou a ação = agente da passiva]



c) os termos acessórios compreendem o adjunto adnominal, o adjunto adverbial, o aposto e o vocativo:



Veja o significado dos termos em destaque:



Adjunto adnominal:

É o termo da oração que sempre se refere a um substantivo. Vem representado por artigos, adjetivos, locuções adjetivas, pronomes adjetivos e numerais. Os adjuntos adnominais modificam o substantivo, qualquer que seja a função que ele exerça na oração.





Adjunto adverbial:



É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:

Eles se respeitam muito.

Muito é o adjunto adverbial



Aposto:

aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.


Ex: Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro.



Vocativo:

é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.

Ex: Lindos, não façam bagunça no refeitório





SUJEITO E PREDICADO



O sujeito é do que ou de quem se fala, o predicado é o que se fala do sujeito, veja:



Maria é estudiosa



Para descobrir o sujeito iremos fazer uma pergunta para o verbo, observe:

Quem é?

R: Maria

Portanto o sujeito é Maria, e o predicado o que sobrou mais o verbo.





Classificação do sujeito





O sujeito pode vir antes, depois do predicado ou, ainda, entre termos do predicado.

Veja:

O dono do bichano ganha um presente na trama

Na trama, o dono do bichano ganha um presente

Ganha um presente na trama o dono do bichano



Núcleo do sujeito: o núcleo do sujeito, é a palavra que se tirarmos do sujeito, faz este perder o sentido.

No caso de “O dono do bichano”, o núcleo é dono, também pelo fato de todas as outras palavras serem dependente de “dono”.



Quando há apenas um núcleo, o sujeito é classificado como simples; quando há dois ou mais núcleos, o sujeito é composto. Quando o sujeito não está explicitamente no enunciado, mas pode ser identificado, denominamos sujeito oculto ou elíptico. Se não há indicação explícita de um constituinte na oração com o qual o verbo concorda, o sujeito é indeterminado. Existe ainda a oração sem sujeito. Abaixo podemos encontrar maiores detalhes:



Sujeito simples: Garfield fica com ciúmes do cãozinho.



Sujeito composto: Odie e Garfield dançaram.



Sujeito oculto: Fizeram uma cópia pirata do filme Garfield. (quem fizeram? Eles fizeram.)



Sujeito indeterminado

é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

(com esse não fica  difícil perguntar para o verbo, como no exemplo anterior)

a) Com verbo na 3ª pessoa do plural:

O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração):

Por Exemplo:

Procuraram você por todos os lugares.
Estão pedindo seu documento na entrada da festa.

b) Com verbo ativo  na 3ª  pessoa do singular, seguido do pronome se:

O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular.

Exemplos:

Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se
de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)

Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito.
Veja:
a) Aprovou-se o novo candidato.
                                     Sujeito
    Aprovaram-se os novos candidatos.
                                         Sujeito
b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado)
    Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado)
No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica:
O novo candidato foi aprovado.
         Sujeito
Os novos candidatos foram aprovados.
           Sujeito
No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do singular.



Logo:

Para ser sujeito indeterminado, o se precisa: (índice de indeterminação do sujeito)

- Estar ligado a verbos transitivos indiretos ou intransitivos

- Estar ligado a um sujeito indeterminado

- Estar na terceira pessoa do singular

Ex: Precisa-se de atores

              E

O se vai ser partícula apassivadora (vai ter sujeito definido, (simples ou composto)) nos casos:

- que estiver ligado a um verbo transitivo direto

- que estiver ligado a um sujeito paciente (sujeito que sofre a ação do verbo)

- que estiver na terceira pessoa do plural e terceira pessoa do singular (concordando com o sujeito)

Ex: Vendem-se perucas (está na voz passiva sintética)



Quando temos o “se” como partícula apassivadora, podemos tirar o se da frase modificar algumas coisas, e manter o sentido, veja:









Para relembrar:
Voz ativa: sujeito pratica a ação
“José comprou um carro”
O sujeito é agente
Voz passiva: sujeito sofre a ação
“Um carro foi comprado por José”
O sujeito é paciente
A voz passiva se divide em analítica e sintética.
Voz passiva sintética: formada sempre pelo “se” (como partícula apassivadora), portanto a frase tem que ter as mesmas características mostradas acima da partícula apassivadora para se encontrar na voz sintética
Ex: Comemorou-se o aumento do número de clientes

Podemos passar esta frase para voz passiva analítica

Voz passiva analítica: formada pelo verbo auxiliar (ser ou estar) mais o particípio (ação toda concluída) de um verbo transitivo direto (ou direto e indireto).

Ex: O aumento do número de clientes foi comemorado

Voz Reflexiva: é quando o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo ao mesmo tempo.














Oração sem sujeito: ocorrem em:

- verbos que denotam fenômenos meteorológicos (Neva no Canadá, Amanhece, Anoitece)

- verbo estar indicando tempo ou temperatura (está tarde, estava calor, estava quente na sala de cinema).



- verbo haver no sentido de existir, e verbo haver com referência a tempo decorrido: (há humor em cada cena, há muito afeto no meio da ciumeira de Garfield, há anos não vejo um filme tão bom.



- verbo fazer empregado com sentido de tempo decorrido ou temperatura: faz muito tempo que eu não me divirto tanto; no cinema fez quarenta graus.

- verbo ser na designação de horas, período do dia ou data: é meio dia; são quatro horas; era manhã; hoje é dia 30; amanhã serão 31.

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