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segunda-feira, 7 de maio de 2012


IDEOLOGIAS DO SÉCULO XIX

LIBERALISMO

Os objetivos dessa ideologia era manter a inviolabilidade da propriedade privada, buscar cada vez mais, lucros aviltantes e tudo isso, é claro, às custas do trabalho humano – principal força criadora de riquezas.

Adan Smith -  ( A riqueza das nações) – Defensor da propriedade privada e da livre concorrência, pois para ele a competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas.Defendia também a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a impulsionar a economia e era contra a intervenção estatal pois para ele o comercio já era impulsionado por uma mão invisível  que indiretamente levaria ao bem-estar da sociedade. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da atuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.”

Thomas Malthus – (Ensaio sobre o principio de população) – para Malthus, a população crescia em progressão geometrica (multiplicativo) e a produção de alimentos em progressão aritimética(somatório). . Malthus alertava que o crescimento desordenado acarretaria na falta de recursos alimentícios para a população gerando como consequência a fome. A solução defendida por Malthus seria:

  1. A sujeição moral de retardar o casamento
  2. A prática da castidade antes do casamento
  3. Ter somente o número de filhos que se pudesse sustentar

David Ricardo – Lei férrea do salário: o preço natural tanto do trabalho como dos alimentos deveriam andar juntos, subir ou cair conforme o mercado.

SOCIALISMO UTÓPICO

Também chamado de socialismo romântico, surge no início do século XIX e concebe a organização de uma sociedade ideal sem conflitos ou desigualdades.

Charles Fourier: defendia a criação dos Falantérios, comunidades autônomas que seriam também unidades produtoras administradas pelos próprios operários.

Robert Owen: defensor de praticas sociais que primassem pela felicidade, por isso, em suas empresas reduziu as jornadas de trabalhos, aumentou os salários e deu aos trabalhadores melhores condições de educação e moradia.Alem disso incentivou os operários a lutarem por seus direitos levando a criação dos trade unions,os primeiros sindicatos.

Saint Simon: acreditava que uma sociedade estaria dividia entre os ociosos e produtores. No entanto, ele se opunha a qualquer tipo de exploração entre as classes. Os capitalistas poderiam buscar o lucro, desde que se comprometessem com as questões sociais. De forma geral, a sociedade idealizada por Saint-Simon estava dividia entre sábios, proprietários e não-proprietários.

SOCIALISMO CIENTÍFICO OU MARXISMO

Teoria política elaborada por Karl Marx ( O Capital) e Friedrich Engels entre 1848 e 1867.Em 1848 Marx e Engels publicam o Manifesto Comunista, no qual expressaram seus ideais para todo o mundo.Para eles, a historia é baseada na luta de classes entre a classe dominante e a dominada e no contexto do capitalismo o proletariado é a classe dominada, pois os operários são altamente explorados recebendo menos do que merecem por sua força de trabalho, o que Marx e Engels chamaram de Mais Valia. Então cabia a classe operária promover a revolução socialista, derrubando o estado e a burguesia. No seu lugar, seria instituída a propriedade coletiva de todos os meios de produção e uma ditadura do proletariado. Esse Estado dos trabalhadores seria o primeiro estágio para a formação de uma sociedade sem classes e sem governo, a sociedade comunista.      

ANARQUISMO

Movimento que surge no século XIX, propondo uma organização da sociedade onde não haja nenhuma forma de autoridade imposta, ou seja, sem Estado e sem propriedade privada. . Para os anarquistas, uma revolução não deve levar à criação de um novo Estado porque este seria sempre uma nova forma de poder coercitivo. O anarquismo tem duas correntes importantes. Uma, pacífica, que tem como principal representante o francês Pierre-Joseph Proudhon. Para ele, qualquer mudança social deve ser feita com base na fraternidade e na cooperação entre os homens. A outra corrente, que tem como principal representante o russo Mikhail Bakunin, afirma que a modificação da sociedade só pode ser feita depois de destruída toda a estrutura social existente. Para isso é válida a utilização da violência e do terrorismo.

Tanto os anarquistas quanto os marxistas lutavam por uma sociedade sem classes e sem Estado. Mas havia profundas divergências entre eles. Os partidários de Marx sustentam que para se chegar ao comunismo era necessário criar primeiro um Estado que esmagasse as resistências burguesas instaurasse a igualdade entre as classes.A forma de governo desse Estado seria a ditadura do proletariado. Já os anarquistas, conhecidos também como libertários, opunham-se a todo tipo de governo, inclusive à ditadura do proletariado, preconizando a liberdade geral e a supressão imediata do Estado.

SOCIALISMO CRISTÃO

Preocupada com a miséria dos operários diante do triunfo do liberalismo, a Igreja Católica começou a pregar o catolicismo social ou socialismo cristão. Propunha reformas no capitalismo que humanizassem a sociedade e impedissem a exploração dos trabalhadores. Em 1891, por meio da encíclica “Rerum Novarum”, o papa Leão XIII, conhecido como o Papa do proletariado, se opõe à luta entre classes, à doutrina marxista e à anarquista(pois estas eram ateístas) e, ao mesmo tempo, mesmo reconhecendo a propriedade privada, condena os abusos do capitalismo selvagem. Desde o século XIX, pensadores católicos começaram a propor a ideia de um socialismo novo oposto ao ateísmo que considerasse as reivindicações das classes pobres e operárias. Os valores sociais cristão se ampliaram na década de 60, a partir do Concílio Vaticano II no período de 1962 a 1965, onde houve a reafirmação da postura política da igreja pelo social, sendo essa postura exercida pelos cristãos.
Por: Vitor de Castro

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